A aprendizagem do adulto – como a psicopedagogia pode colaborar
A aprendizagem ocorre ao longo da vida. Na fase escolar é cobrado um tipo de conhecimento (o científico) e verificado através de avaliações, que nem sempre são adequadas.
Na vida adulta, continuamos aprendendo a todo o tempo: seja um trajeto, matérias de um curso, habilidades, idiomas, a relacionar com pessoas, a usar um equipamento ou aplicativo.
Porém, em situações nas quais há uma cobrança externa da aprendizagem (por exemplo, na universidade ou na empresa), é comum também que ocorra algum bloqueio.
Existem fatores que atrapalham o processo de aprendizagem: poucas horas de sono, alimentação inadequada, saúde debilitada, excesso de responsabilidades, técnicas inadequadas de estudos.
Muitas vezes o chamado “problema de aprendizagem” não é pontual, mas está interligado de forma global com a forma com que a pessoa se relaciona com o mundo. Então, é preciso fazer uma investigação para detectar onde está o foco do problema para poder agir.
Algumas pessoas, por meio de uma reflexão sobre si, conseguem identificar o problema. No entanto, em determinadas situações, é necessária a ajuda de um profissional.
Nesse cenário, a psicopedagogia tem papel de destaque. Através de técnicas próprias, como a utilização de avaliações, entrevistas, jogos e dinâmicas, o psicopedagogo pode ajudar a pessoa a compreender como ocorre o próprio processo de aprendizagem.
Se, na infância e adolescência, a chegada até o consultório é por iniciativa dos pais, geralmente por indicação da escola ou outros profissionais, na vida adulta, é a própria pessoa que toma essa iniciativa.
A intervenção psicopedagógica na vida adulta tem resultados a curto, médio e longo prazo.
Geralmente os adultos procuram a psicopedagogia:
Para ler e compreender melhor textos acadêmicos e técnico-científicos
se apropriar de situações mais complexas de aprendizagem: na universidade ou na empresa
Como o ser humano é complexo, dinâmico e único, a abordagem é individualizada. A psicopedagogia não é infalível e nem pode prometer a cura de todos os males, mas com certeza tem se mostrado muito benéfica a todos que dela se utilizam.
É importante que haja uma afinidade entre o psicopedagogo e o atendido. Claro que o primeiro requisito é o currículo do profissional, mas também é preciso que haja uma empatia entre as partes. A confiança é a palavra-chave para o sucesso. O atendido deve estar a vontade para continuar as sessões com outro profissional.